Por vezes gostava de ter maior capacidade para trabalhar em condições muito adversas. A própria tecnologia fotográfica não se adequa, de uma forma linear, à água ou a níveis elevados de humidade, de uma forma geral. Há que avançar por metodologias singulares. Uma meteorologia severa revela diferentes condições dos lugares, relacionados com o habitar humano. A chuva é como uma realidade arcaica, analógica, uma condição da fuga para espaços abrigados. Talvez um dos motivos que nos levaram, como espécie, a erguer as cidades. A chuva leva-nos a um desconforto ontológico e é este universo que gostaria de registar.
CHOVE
ResponderEliminarChove lá fora... melancolia!
Cinzentos que matam o dia.
Caminhos, de versos e ilusões,
enlevo! fruto das emoções.
Contemplo os vermelhos telhados,
espelhos quando molhados,
de gotas que deixou o dia,
sons abafados, qual melodia!
Era a quadra do Natal nesta minha terra...
Cumprimentos
Mas mesmo com chuva a foto está muito boa. Quanto ao facto das cores diferentes dos carros e de estarem ao estacionados ao contrário,
ResponderEliminarReparei agora que a mensagem anterior foi publicada ainda incompleta.
ResponderEliminarMesmo com chuva a foto está muito boa e não deixa de ser curioso o facto de se captar dois carros com cores diferentes(quase opostas) e estacionados ao contrário ...
Passei anos decisivos da minha infância debaixo da ininterrupta chuva de Cinfães (dos 4 aos 9 anos) por baixo dum enorme tília, atrás da vidraça duma mini-biblioteca da minha avó, ainda não havia televisão. O meu pai havia-se sumido para o Brasil e eu perdera a memória do seu rosto. Quando voltou (teria eu cerca de 13 anos?) não fora sequer capaz de o identificar como alguém do meu passado. Acho que, ainda agora e com 58 anos, não sou capaz de vestir melhor capote que a chuva do Douro: assenta-me que nem uma luva, como pele. Faz-me falta, a chuva. Muita.
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