O Porto era uma cidade nova para muitos de nós, que iniciávamos o estudo da arquitectura. O Porto era um imponente tabuleiro onde íamos aprendendo o ofício de arquitecto, de uma forma muito incipiente. Tudo era novo, numa renovada vida que ali tinha início. Entre as salas de aula e o desenho nas ruas, coexistíamos com uma realidade complexa e contraditória. Ouvíamos atentamente de um conjunto notável de professores, que sonhavam a transmissão da possibilidade de uma sociedade mais justa e equalitária, pela sublimação de um desenho depurado, desde o mais simples elemento imaginado, até à escala da cidade.
Para todos nós terá ficado o processo, o método, a consciência dos passos sequenciais de um projecto de arquitectura, a noção da especificidade de um fazer e das suas ferramentas. Ficara a procura contínua de uma linguagem que, por vezes, era desenhada, não num papel de esquisso, mas no próprio tempo por nós vivido e deixado para trás.
Por aqui andei, já que aqui estudei, porque aqui vivi!...
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