[Maia 02] À procura da densidade da passagem do tempo, percorro algumas imagens de arquivo que eu próprio fizera, em 1996, na Maia. Estava então em construção a Torre do Lidador. Mais tarde, em 2003, regresso aos mesmos lugares e vou ainda a outras freguesias do concelho. Desisto de fazer alguma comparação. Numa primeira abordagem ao mapeamento fotográfico do território, desloco-me livremente a partir do centro da cidade. Quase todos os edifícios são relativamente recentes, de duas, três décadas, outros há que estão em construção. Mas a cidade apresenta-se compacta, de algum modo consolidada. Mas há descontinuidades. Estas ocupações ou vazios que se inscrevem numa lógica urbana, ou rural, diferente, não deixam de nos chamar a atenção. São janelas de estranheza que se abrem na cidade. É claramente percetível a inversão de uma ideia de intrusão. Os edifícios altos, de vários pisos, sobretudo de habitação, dominam a malha urbana. O que resta de tempos antigos constitui-se, hoje, como descontinuidade.
Maia. 3 de fevereiro de 2020 Maia. 3 de fevereiro de 2020 Maia. 3 de fevereiro de 2020
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