[Alberto Carneiro 15] Quando viajamos sob um céu descoberto ou nos caminhos da floresta, longe das cidades, há elementos que prendem a nossa atenção, sobretudo vegetais entrelaçados, troncos, ramos, teias finas de filamentos, musgos, como se neles nos sugerissem uma ausência de nós próprios, de uma condição racional, para o regresso ao passado muito remoto em que teremos dado os primeiros passos. Os lugares pouco povoados são espaços do tempo longo, onde os elementos estão sujeitos à ordem natural, onde os humanos não deixam a sua ânsia de transformação e fuga.
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