Quase toda a informação que nos chega pelos meios de comunicação social, pela publicidade, com que somos constantemente bombardeados, nos empurra para um consumo desenfreado do não precisamos. Este mesmo princípio é assumido pelos decisores políticos, que, como agora vemos, levam os Estados à ruína. Por se pensar que obras materiais são desenvolvimento, eleitores votam nos seus próprios coveiros. Não. Não tenho uma solução para esta atitude massificada. Gosto de procurar um olhar distanciado, de me ausentar ocasionalmente por territórios pouco povoados, sonhar a construção de um mundo baseada numa racionalidade e emoção descontaminadas. Aprender a precisar de pouco. Encontrar a dignidade e a sabedoria humanas, num texto, num filme, numa obra de arquitectura, numa canção, numa fotografia. Com menos viver melhor. Não seguir por religiões ou ideologias políticas, mas pela edificação de um caminho próprio sem temer a solidão, sem o arrogar de tentar atrair alguém para um itinerário de risco. Que por criatividade se entenda o fazer de um percurso singular, partilhado.
O homem rico é aquele que tem os prazeres mais baratos
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