[depois da estrada 05] Atravessar um papel em branco e deixar nele um traço que define, também, uma linha de tempo. É uma forma de voltar a viver a passagem por espaços deixados vagos, de fazer uma nova viagem. Tinha tomado apontamentos em folhas de papel onde desenhei todo o itinerário, bem como os pontos onde parei para fazer fotografias. Agora, ao olhar para esses planos, que me auxiliaram no alinhamento das palavras, via uma nova viagem. Tudo recomeçava e num conjunto de outras partidas e caminhos que imaginava, outras fontes, outras leituras, a possibilidade da construção de outros objetos. Um processo interminável de divagação progressivamente abstrata.
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