[pst 418] Em Itinerário Português — O Tempo e a Alma, José Hermano Saraiva escrevia: "É um monumento único no nosso país, que recorda directamente as cruzadas do Oriente; é um santuário surpreendente, que contrasta com as igrejas românicas que, por aquela época, se construíam na Península. Foi gosto que Gualdim Pais, ou algum dos seus homens, trouxe da Ásia Menor. Era aquele o oratório dos Cavaleiros do Templo; na época de D. Manuel, o rei quis dar dimensões novas à igreja do convento, mas o respeito por aquela construção, já então várias vezes secular e duplamente sacralizada pela sua ligação à Terra Santa e com os primeiros tempos da monarquia, levou-o a querer poupar a igreja primitiva, que foi engenhosamente aproveitada como altar-mor da igreja nova". Conta alguns momentos chave da arquitectura portuguesa entre os séculos XII e XVIII. Como um organismo vivo que cresce ao longo de um tempo extenso, enuncia, nas suas pedras, a história e a identidade do ser português.
417. Convento de Cristo — Tomar. 31 de julho de 1996 |
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