terça-feira, 2 de abril de 2019

Matéria (Universo 4/4)

[exp_fuga 11] Procuramos, continuamente, as formas e os objetos com que nos relacionamos, para desenhos de perfeição aproximada, que nos permitam a transmissão de uma mensagem com o mínimo ruído possível. Os objetos que manuseados para esse labor, deverão ser o espelho do produto final. Mas o produto final é o contínuo caminhar por um mundo novo. A escala de uma dimensão. As dimensões menos óbvias de um fazer, um mundo verdadeiro de trabalho, de pesquisa continuada, de procura de soluções que permitem o fluir de uma mensagem por diferentes meios e canais de comunicação. A própria matéria se transforma em objeto de comunicação que abre portas a novas dimensões do trabalho como um todo e que ajuda ao enriquecimento do seu sentido. São, também, novas relações topológicas que surgem no seio da cidade infinita. Utensílios. O design dos objetos que nos permitem desenvolver uma atividade cada vez mais fina, mais especializada, no sentido da rentabilidade do tempo disponível. Reflexo. Os nossos fazeres espelhados nos objetos que nos rodeiam. A relação com um mundo que nós próprio construímos. Forma. Matéria e matérias criadas por outros, em diálogo permanente com a própria natureza de onde, num passado mais ou menos remoto, se ergueram. Onde nos levam as fontes que escolhemos, ou que surgiram no nosso caminho?

Exposição/Fotografias: Todo o mundo da matéria contemporânea, os elementos da natureza, mas também os artefactos humanos. Poderá haver uma linha de progressiva complexificação dos objetos humanos representados, desde um artefacto em pedra, até um automóvel ou um computador. Câmaras fotográficas ou telemóveis. São todas as matérias e objetos deste fazer. Objetos inusitados, figuras cerâmicas, pedras do Álvaro Duarte de Almeida, livros, objetos de meus pais, Teresa e Ruy Belo; grandes penedos e pequenas pedras na paisagem; automóveis isolados; caixas perdidas; riscadores; Fruta.

Exposição Fuga. Ar.Co. Lisboa. 2019

Exposição Fuga. Ar.Co. Lisboa. 2019


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