quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Porto Novo

[pst 488] Na Praia do Porto Novo desembarcaram as tropas inglesas, em Agosto de 1808, que viriam a contribuir para a derrota do contingente francês na batalha do Vimeiro. Junto ao mar, no sopé de uma elevação que separa a praia do Porto Novo da praia de Santa Rita, situa-se o lugar piscatório de Porto Novo. Os pescadores procuraram um ponto alto para implantar as antenas de televisão.

Antena — Porto Novo. Torres Vedras. 9 de maio de 1996

 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Cabo Carvoeiro

[pst 487] Com o seu foco, o farol referencia os horizontes muitas vezes sombrios do Mar Tenebroso. O oceano, ao largo do Cabo Carvoeiro, apresenta-se quase sempre agitado, difícil para os navegantes e pescadores. É o um mar de naufrágios.

Cabo Carvoeiro. Peniche. 3 de junho de 1994


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Alfeizerão

[pst 486] Situada numa pequena elevação de uma área relativamente plana, está hoje a cerca de 3 km do mar mas já teve um porto de pesca, que serviu também, outrora, a abadia de Alcobaça. Houve um processo de assoreamento progressivo deste lago interior pouco profundo, afastado do oceano agitado. O mar e as marés não deviam ficar longe deste adro da igreja de Alfeizerão. A sul da povoação ainda é visível o antigo cais.

Alfeizerão. Alcobaça. 10 de maio de 1996

 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Santuário de Nossa Senhora de Fátima

[pst 485] "Foi no dia 13 de Maio de 1917 que no áspero sítio denominado Cova da Iria, a 2,5 km de Fátima, a Virgem do Rosário fez a sua aparição a três criancinhas, Lúcia, Jacinta e Francisco, que ali apascentavam gado, recomendando-lhes a oração e a penitência como resgate dos males que por esse tempo oprimiam o mundo.(...) Dentro de pouco tempo este humilde santuário sertanejo, perdido no meio da desolação da charneca, atraía a concorrência de milhares de fieis, que assistiram, até 13 de Outubro de 1917, às sucessivas aparições da Virgem, reveladas numa nuvem de fumo evolando-se da terra, no movimento circular de que viam animado o sol, tornado disco de prata fosca, numa fonte que brotou ao pé da azinheira entre cujos ramos aparecera a Virgem". (Sant' Anna Dionísio — Guia de Portugal). Em torno de uma árvore, de uma azinheira sacralizada, apareceu o maior santuário de peregrinação do País.

Santuário de Nossa Senhora de Fátima — Cova da Iria. Vila Nova de Ourém. 3 de maio de 1996

 

sábado, 2 de dezembro de 2023

Sítio

[pst 484] É um dos lugares mais notáveis do litoral português. Raul Brandão escrevia em Os Pescadores: "Antes de me ir embora vou lá acima ao Sítio. É uma aldeia branca e deserta, com o templo, a capela e o penedo onde se deu o milagre. Do alto deste grande morro descobre-se de aeroplano um largo panorama — o mar infinito, a ampla baía formada pelos montes, a branca Nazaré ao pé da areia, a toalha líquida do riozinho que se espraia e detém ao chegar à costa, e do lado da terra os eternos pinheirais donde emerge o cone mais agudo de S. Bento, com a ermida e a guarita do vigia. Percorro as ruas e a praça. O silêncio de uma povoação abandonada".

Sítio — Nazaré. 10 de maio de 1996

 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Forte do Pai Mogo

[pst 483] Perdida a sua função de defesa da orla marítima, muitas das fortalezas de litoral foram abandonadas. Apresenta a sua ruína, muitas vezes, uma qualidade arquitectónica assinalável, como acontece com o forte do Pai Mogo, onde um enorme terreiro lageado se volta para o mar.

Forte do Pai Mogo. Lourinhã. 9 de maio de 1996

 

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Ericeira

[pst 482] Em 1585, Mateus Álvares, oriundo da Ilha Terceira, vivia na Ericeira e fez-se passar por D. Sebastião. Havia uma certa semelhança física entre este homem e o rei desaparecido em 1578, em Marrocos. Convenceu o povo que era O Desejado e constituiu um pequeno exército. Quando avançava sobre Lisboa, um batalhão filipino põe termo ao movimento num banho de sangue. Foi preso e nesse mesmo ano executado, em praça pública, por enforcamento.

Furnas lagosteiras — Ericeira. Mafra. 17 de janeiro de 1997

 

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Foz do Arelho

[pst 481] Na Foz do Arelho a Lagoa de Óbidos encontra o mar. Já foi muito mais extensa, chegando mesmo ao sopé da vila alcandorada de Óbidos. A Foz é hoje um local de veraneio muito procurado pelos habitantes da região, nomeadamente das Caldas da Rainha. No inverno, os rigores do clima imprimem ao lugar uma imagem de abandono.

Foz do Arelho. Caldas da Rainha. 10 de maio de 1996

 

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Alenquer

[pst 480] Os edifícios ligados à indústria dos lanifícios situam-se na parte baixa da vila e são a imagem de uma revolução industrial que, timidamente, se desenvolveeu em vários lugares do Interior sendo, posteriormente, abandonados ou reconvertidos os seus espaços. Damião de Gois nasceu em Alenquer. Foi um homem do Renascimento, tendo dedicado a sua vida ao humanismo e à verdade. Ligou Portugal e a Europa culta do século XVI. Foi guardor-mor da Torre do Tombo. Em 1574, morreu na mesma casa onde nascera, em circunstancias pouco claras, após um processo com o Santo Ofício.

Alenquer. 15 de janeiro de 1997

 

sábado, 25 de novembro de 2023

Caldas da Rainha

[pst 478] O lugar das Caldas da Rainha foi fundado pela rainha D. Leonor, mulher de D. João II, em 1485 e, simultaneamente, a Misericórdia, o hospital e o balneário. D. João V reedificou o hospital e restaurou a igreja matriz. As suas águas termais foram um dos locais privilegiados para o veraneio de monarcas. Entre os edifícios mais notáveis das Caldas da Rainha, encontram-se alguns belos exemplares de arquitectura industrial do século XIX.

Caldas da Rainha. 10 de maio de 1996

 

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Cerâmica da Barreira — A-dos-Cunhados

[pst 477] As fábricas de cerâmica contribuíram muito para o desenvolvimento da região. Eram construídas em solos argilosos de onde, depois, era extraída a matéria prima para cozedura. O espaço imediato, em torno da fábrica, era progressivamente escavado, criando uma nova topografia. Muitas decaíram, mas outras mantêm a produção. As suas altas chaminés são referências construídas da paisagem.

Cerâmica da Barreira — A-dos-Cunhados. Torres Vedras.  8 de maio de 1996

 

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Moinho — Cadaval

[pst 476] O vento não se limitava a ser a força motriz nos tradicionais moinhos de moer cereais. Muitas vezes a extracção de água do subsolo utilizava também esta forma de energia. Próximo do Cadaval encontramos um moinho em ferro de invulgares dimensões.

Moinho — Cadaval. 13 de janeiro de 1997

 

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Praia de Vieira

[pst 475] A Praia de Vieira de Leiria era um pequeno povoado, situado junto à foz do rio Lis. Uma aldeia de pescadores, numa altura em que o acesso a Leiria era feito, quase integralmente por via fluvial. Com o advento das práticas balneares de verão, as populações das imediações começaram a construir de forma desordenada um novo espaço. Espaço caótico e completamente descaracterizado.

Praia de Vieira, Vieira de Leiria. Marinha Grande. 15 de agosto de 1996

 

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Cela Velha

[pst 474] No enfiamento da estação ferroviária de Cela, na linha do Oeste, um monumento ao «general sem medo». Humberto Delgado, ao fim de três décadas do Estado Novo, fazia tremer o regime, pela primeira vez, ao aceder ao convite da oposição democrática para candidato independente às eleições presidenciais de 1958.

Cela Velha. Alcobaça. 10 de maio de 1996

 

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Roliça

[pst 473] Na Roliça, um memorial transporta-nos ao dia 17 de Agosto de 1808, altura em que, perto do local, se deu um violento combate entre as tropas da Primeira Invasão Francesa, comandadas por Delaborde, e o contingente anglo-luso, comandado por Wellesley. Os Franceses retiraram, e quatro dias depois dava-se a batalha do Vimeiro, onde seriam derrotados.

Memorial da Batalha da Roliça — Roliça. Bombarral.  9 de maio de 1996

 

sábado, 7 de outubro de 2023

Marinha Grande

[pst 479] No sítio da Marinha Grande devia existir um pequeno povoado quando, em 1769, Guilherme Stephens construiu uma fábrica de vidro. Outras se seguiriam, como a da Ivima, que contribuiram para um desenvolvimento acelerado decorrente de uma industrialização progressiva. Em 1892 é elevada a vila, por carta de foral entregue pelo rei D. Carlos. Já no tempo da República, em 1917, é-lhe confirmado o estatuto de município.

Fábrica de vidros Ivima — Marinha Grande. 15 de agosto de 1996

 

Aljubarrota

[pst 472] A tradição fantasista do século XVII afirma ter sido cidade. No final do século XIV, Aljubarrota devia ser o povoado mais importante das imediações, uma vez que foi ela que deu nome ao confronto travado a cerca de 12 km, a nordeste. Segundo a lenda e uma lápide colocada ao lado do portal, na igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, aqui teria rezado D. Nun' Álvares Pereira, antes de partir para o campo de batalha.

Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres — Aljubarrota.  10 de maio de 1996

 

Campo da batalha de Aljubarrota

[pst 471] A capela de S. Jorge foi mandada construir pelo condestável D. Nun' Álvares Pereira após a vitória e no local onde se dera a batalha de Aljubarrota. Agora, no sítio onde ocorreu um dos momentos mais significativos da história de Portugal, elementos construídos para evocar tal acontecimento e árvores que aí foram plantadas, perturbam a leitura de um espaço que foi determinante para o sucesso das hostes portuguesas no dia 14 de Agosto de 1385.

Campo da batalha de Aljubarrota — S. Jorge. Porto de Mós.  1 de maio de 1996

 

Forte de São Vicente

[pst 470] O forte de S. Vicente integra o conjunto de cento e cinquenta fortificações que constituem as Linhas de Torres, construídas num curto espaço de tempo, e erguidas à base de trincheiras e parapeitos de terra e pedras, com aberturas para a artilharia. Em 1810 as tropas napoleónicas só se aperceberam da sua presença quando as avistaram, não ousando atravessá-las. A sua função de defesa avançada de Lisboa fora conseguida, e a terceira e última das invasões francesas, malograda. O forte de S. Vicente foi restaurado em 1960 para perpetuar a memória de um acontecimento bélico e uma grandiosa obra de engenharia militar.

Forte de São Vicente — Torres Vedras. 8 de maio de 1996

 

Leiria

[pst 469] A sua história durante o período da Reconquista é a história dos avanços e recuos das tropas cristãs contra os mouros. Leiria foi elevada à categoria de cidade no ano de 1545, tendo contribuído para tal Frei Brás de Barros, primo do humanista João de Barros, grande impulsionador do desenvolvimento da cidade. Aqui nasce, cerca de 1580, o poeta e prosador Francisco Rodrigues Lobo, que canta nos seus versos os rios Lis e Lena, e se lamenta da sujeição de Portugal a Espanha. No cume de um morro, sobranceiro ao rio Lis, ergue-se o castelo e o Paço Real, que hoje dominam a urbanização circundante.

Leiria. 1 de maio de 1996

 

Alcobaça

[pst 468] Do morro em que se encontra o castelo arruinado avistamos a dimensão grandiosa da abadia de Santa Maria de Alcobaça; domina todo o conjunto urbano. A abadia foi criada em 1152 ou 1153, mas as obras só foram iniciadas em 1178. A igreja foi sagrada em 1252, mas o conjunto da obra ainda não devia estar concluído nesta data. Sofreu sucessivas intervenções ao longo do tempo, e uma fachada remodelada não deixa advinhar do exterior a impressionante austeridade e a nudez do interior da nave, realizada de acordo com os cânones arquitectónicos da Ordem de Cister. É um dos mais prestigiados lugares sacros de Portugal, um dos mais notáveis, grandiosos e originais espaços da sua arquitectura. Aí se encontram além dos de Afonso II e Afonso III, os túmulos de Pedro e Inês, notável obra de escultura para a perpetuação de uma relação amorosa que atravessa os séculos desde a Idade Média até aos nossos dias e que marcou tão profundamente o imaginário português.

Alcobaça. 10 de maio de 1996

 

Mafra

[pst 467] Por decreto de 26 de Novembro de 1711, D. João V, com o ouro que chegava do Brasil, concede autorização para o início da construção, na vila de Mafra, de um convento dedicado a Santo António. O arquitecto germânico, João Frederico Lodovice é encarregue do projecto da obra. Cerca de 1770 fica concluído um edifício colossal e desintegrado de toda e qualquer tradição de edificar em Portugal. É hoje uma referência visual extremamente forte da paisagem em que se insere.

Mafra. 15 de janeiro de 1997

 

Consolação

[pst 466] O Forte de Nossa Senhora da Consolação situa-se no extremo de um promontório que avança sobre o mar, ao sul de Peniche. No lado oposto do terreiro, que dá acesso à fortificação, está construída a igreja paroquial em torno da qual se desenvolve o núcleo antigo da aldeia. O nome do Forte contrasta cruelmente com a função que ele desempenhou durante o regime ditatorial do Estado Novo.

Consolação. Peniche. 28 de junho de 1994

 

Óbidos

[pst 465] O declínio de Óbidos começa com o desenvolvimento das Caldas da Rainha, onde as termas atrairiam cada vez mais gente. O estado íntegro de conservação do núcleo urbano e de uma arquitectura vinda dos tempos medievais, resulta deste esquecimento e redescoberta posterior, quando as questões relacionadas com a defesa do património histórico começavam a ganhar forma em Portugal.

Óbidos. 9 de maio de 1996

 

Porto de Mós

[pst 464] A serra dos Candeeiros desenvolve-se linear, paralelamente à linha de costa. Na sua extremidade, a norte, num local de passagem fácil entre o litoral e as terras de interior pela depressão de Mira-Minde que atravessa o maciço calcário, está localizada a vila de Porto de Mós. À beira do rio Lena, sobre uma proeminência, foi construído um castelo que, ao longo dos séculos, seria alvo de sucessivas destruições e reconstruções. Hoje visível está a reconstrução, feita em meados do século XX, de um paço fortificado do século XV.

Cemitério e Castelo — Porto de Mós. 1 de maio de 1996

 

Ourém

[pst 463] A aldeia de Mulher Morta está localizada no sopé de um morro elevado, cujo topo é coroado pelo burgo antigo de Ourém Velha. Este lugar entrou em decadência após o terramoto de 1755, quando a destruição parcial do local levou a população a debandar para a aldeia da Cruz — mais tarde sede de concelho com o topónimo de Vila Nova de Ourém —, situada a 2 km do antigo povoado. A urbanização mantém no essencial do traçado medieval e o Paço dos Condes de Ourém é a mais grandiosa residência senhorial do século XV português.

Mulher Morta — Ourém. Vila Nova de Ourém. 3 de maio de 1996

 

Milagres

[pst 462] Milagres é uma povoação relativamente recente, que se desenvolveu a partir do início da construção da igreja em 1732. No local, segundo a lenda, deu-se um milagre realizado pelo Senhor Jesus de Aveiro, que atraiu numerosos devotos. A igreja paroquial, com projecto de José da Silva e seu filho Joaquim da Silva, ainda não estava concluída em 1769. De linhas barrocas, a sua escala contrasta com o casario raso que a circunda.

Igreja — Milagres. Leiria. 2 de maio de 1996

 

Sobral do Monte Agraço

[pst 461] Em torno de um largo estão dispostos os edifícios mais importantes da vila de Sobral de Monte Agraço: a igreja matriz e a câmara municipal. Um fontanário integra ainda este conjunto urbano, bem como o coreto, que nos remete para outra dimensão temporal, de uma vivência social desaparecida.

Sobral do Monte Agraço. 15 de janeiro de 1997

 

Chafariz dos Canos — Torres Vedras

[pst 460] O chafariz dos Canos já existia em 1331, tendo sido beneficiado pela infanta D. Maria, filha de D. Manuel. Singelo, de escala equilibrada e desenho sóbrio, está hoje rodeado por edifícios altos, estranhos ao tempo da sua construção.

Chafariz dos Canos — Torres Vedras. 8 de maio de 1996

 

Chafariz — Arruda dos Vinhos

[pst 459] A povoação de Arruda dos Vinhos, com o seu termo e o seu castelo, de que já não existem vestígios, foi dada por D. Afonso Henriques à Ordem de Sant´ Iago de Espada. É dos municípios mais antigos do País. O monumental chafariz da vila, de face barroca, foi construído no ano de 1789.

Chafariz — Arruda dos Vinhos. 15 de janeiro de 1997

 

Igreja de S. Leonardo — Atouguia da Baleia

[pst 458] O topónimo de Atouguia deriva, talvez, de Touguia ou Touria — recinto de touros. Existem ainda no lugar vestígios daquele que é considerado o mais antigo recinto de touros em Portugal e que foi mandado construir pelos Atouguias, senhores da terra. Embora hoje esteja isolado do mar, foi em tempos passados vila portuária de alguma importância, durante os reinados de D. Fernando e D. Pedro I. A igreja de S. Leonardo, da transição do estilo românico para o gótico, é uma memória desses tempos de grande riqueza e actividade.

Igreja de S. Leonardo — Atouguia da Baleia. Peniche.  3 de maio de 1994

 

Convento de Santo António — Varatojo

[pst 457] O convento franciscano de Varatojo está intimamente ligado à memória de D. Afonso V, que ordenou a sua fundação como resposta à promessa feita a Santo António, em consequência do sucesso tido na conquista do Norte de África. Seria o próprio rei a lançar a primeira pedra em 1470. O convento passaria discretamente pela extinção das ordens religiosas decretada em 1834. Foi comprado na altura por Feio de Magalhães Coutinho, fidalgo minhoto, passando depois para as mãos do padre Joaquim, antigo monge que convidou companheiros a residir no convento, sendo assim a casa religiosa poupada ao confisco dos seus bens.

Convento de Santo António — Varatojo. Torres Vedras.  8 de maio de de 1996

 

Lourinhã

[pst 456] Situava-se no interior das muralhas do castelo da Lourinhã onde existira, primitivamente, uma igreja românica. O templo actual é um exemplar significativo da arquitectura gótica do século XIV, particularmente no que respeita à escultura deste período. A sua fundação é atribuída ora a D. Lourenço, arcebispo de Braga, partidário do Mestre de Avis e combatente de Aljubarrota — batalha que descreveu em cartas —, ora a João das Regras, notável legista, que teve também um importante papel na crise dinástica de 1383-1385 ao tomar o partido do Mestre de Avis, nas cortes de Coimbra de 1385. Ambos eram naturais da Lourinhã.

Igreja — Lourinhã. 9 de maio de 1996

 

Anta-capela — Alcobertas

 [pst 455] Uma anta existente no sopé da serra dos Candeeiros foi transformada em capela lateral da igreja paroquial. Foi-lhe construída uma cobertura em telha, fechados os vazios entre os esteios, e o primitivo corredor manteve essa função de ligação ao interior da câmara, agora feita pelo interior da nave da igreja. É um dos vários monumentos megalíticos transformado em espaço do culto cristão, existente em Portugal.

Anta-capela — Alcobertas. Rio Maior. 1 de maio de 1996

 

Convento — Serra de Montejunto

[pst 454] O cume da serra de Montejunto, ou serra da Neve, teve um povoamento antigo. No século XII os frades dominicanos fundaram um convento; numa depressão sombria da vertente norte nas suas imediações abriram tanques pouco profundos unidos por passagens estreitas. Embora a serra não seja muito alta (666 metros de altitude), nas noites frias de Inverno os frades recolhiam o gelo formado nos tanques. Posteriormente armazenavam-no em revestimento de palha. Assim se conservava até ao Estio. Sendo então transportado para a Corte, em Lisboa.

Convento — Serra de Montejunto. Alenquer. 13 de janeiro de 1997

 

Convento de Penafirme, Póvoa de Penafirme

[pst 453] Do antigo convento de Penafirme, de eremitas de Santo Agostinho, restam hoje ruínas. Situava-se próximo da praia de Santa Rita, na margem da ribeira do Sorraia e uma das suas funções era vigiar as temidas investidas de piratas. Foi tomado pelas areias. Novas instalações do convento foram entretanto construídas a salvo do avanço das dunas, nas imediações da Póvoa de Penafirme.

Convento de Penafirme, Póvoa de Penafirme. Torres Vedras.  9 de maio de 1996

 

Capela de São Salvador, São Quintino

[pst 452] 15 de janeiro de 1997. As paredes da capela de S. Salvador apresentam diversas reconstruções que terão sido levadas a cabo no decorrer de um tempo longo. A sua fundação é provavelmente do século XIII. Há muito desacralizada, foi durante a segunda metade do século XIX transformada em lagar. O lugar está hoje abandonado e a capela em ruínas.

Capela de São Salvador, São Quintino. Sobral do Monte Agraço