sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Covilhã

[pst 388] A cidade da Covilhã é um dos mais prósperos centros urbanos das Beiras. Desenvolve-se entre duas ribeiras onde foram construídas numerosas fábricas de lanifícios, às quais se deve muito da ascensão económica da cidade. Na ribeira da Goldra, mais próxima do centro da urbe, alguns destes edifícios foram já reconvertidos, nomeadamente a antiga Fábrica Real que constitui o maior símbolo do ciclo da lã, mandado construir pelo Marquês de Pombal, em que funciona atualmente a Universidade da Beira Interior. Na ribeira da Carpinteira coexistem fábricas de várias gerações, algumas já em ruína avançada; outras, recentes e ainda em laboração, continuam a luta contra o declínio desta atividade.

387. Covilhã. 28 de junho de 1996

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Tortozendo

[pst 387] Tal como a Covilhã, e outras povoações do sopé da serra da Estrela, o Tortozendo desenvolveu-se devido às indústrias de lanifícios. Aí existiam, até há bem pouco tempo, cerca de vinte fábricas, entre grandes, pequenas e algumas de dimensão familiar. Com o aparecimento de fibras sintéticas, de baixo custo, a lã passa a ser menos procurada e os povoados, dependentes desta indústria, regridem.

386. Tortozendo. Covilhã. 28 de junho de 1996

domingo, 17 de dezembro de 2017

Termas de Monfortinho

[pst 386] As termas de Monfortinho situam-se a 3 km da aldeia de Monfortinho, no sopé da serra de Penha Garcia, a escassas dezenas de metros do rio Erges, que aqui constitui fronteira com Espanha. Existem no lugar catorze nascentes. Fonte Santa é a mais conhecida das sete que são exploradas com fins terapêuticos. As termas constituem um dos pontos de maior atração turística da Beira Baixa.

385. Termas de Monfortinho. Idanha-a-Nova. 30 de agosto de 1996

sábado, 16 de dezembro de 2017

Capela — Penamacor

[pst 385] Já fora da malha urbana de Penamacor, construída sobre uma lage de granito, encontramos uma pequena capela, datada de 1667. Está implantada a meia encosta de um cerro como que a contemplar a imensidão plana que se avizinha. O seu desenho lembra os espaços mais arcaicos da arquitetura sacra do sul do País.

384. Capela — Penamacor. 28 de julho de 1995

Alpedrinha

[pst 384] Alpedrinha ostenta em diversos monumentos a importância que teve num passado que remonta à era da romanização. Foi sede de concelho entre 1675 e 1855. Foi uma vila martirizada por quatro saques durante as Invasões Francesas. Aqui nasceu, em 1406, o célebre cardeal D. Jorge da Costa, conhecido por Cardeal de Alpedrinha, figura proeminente do seu tempo, que chegou a ocupar simultaneamente os cargos de "arcebispo de Braga e de Lisboa, bispo de Évora, Porto, Viseu, Algarve e Ceuta, prior de Guimarães, deão de oito catedrais e titular de muitas abadias e priorados" (Guia de Portugal). Foi nomeado cardeal, em Roma, pelo papa Xisto IV. Nesta cidade viria a falecer, com 102 anos de idade, e sepultado num riquíssimo mausoléu mandado erguer por si próprio.

383. Alpedrinha. Fundão. 31 de agosto de 1996

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Fundão

[pst 383] Quem vem da serra, ou de Alpedrinha, depara à entrada do Fundão, com um fontanário de duas bicas, datado de 1626, e duas capelas alpendradas, do Espírito Santo e do Calvário, ambas do século XVI. O Fundão está implantada no sopé da serra da Gardunha  e deve um desenvolvimento próspero à sua situação privilegiada, junto às terras férteis da Cova da Beira e à indústria dos lanifícios que aí se desenvolveu a partir de finais do século XV, incrementada pela fixação, no lugar, de judeus vindos de Espanha.

382. Fundão. 28 de junho de 1996

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Pelourinho — Sarzedas

[pst 382] A povoação de Sarzedas recebeu foral de D. Gil Sanches, filho de Dom Sancho I, em 1212, confirmado, posteriormente, por Dom Manuel, em 1512. O pelourinho, referente a este último foral, foi destruído no século XIX, tendo sido poupadas algumas pedras que viriam a possibilitar a sua reconstrução em 1963.

381. Pelourinho — Sarzedas. Castelo Branco. 31 de agosto de 1996

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Jardim do Paço Episcopal — Castelo Branco

[pst 381] O Paço Episcopal é um sumptuoso palácio, residência de inverno dos bispos da Guarda e depois residência permanente dos bispos de Castelo Branco. Foi mandado edificar no século XVI por D. Nuno de Noronha e sofreu diversas obras de ampliação até ao século XVIII. O Jardim do Paço é o que resta da área que definia uma quinta de recreio; incluía mata e horto, que foi dando lugar ao progressivo alargamento da malha urbana de Castelo Branco. A construção do jardim deve-se à iniciativa de Dom João de Mendonça, em 1725, tendo sido remodelado em 1782 por Frei Vicente da Rocha, que o traça como um espaço singular constituído por espelhos de água, maciços de buxo talhados, escadarias que ligam diversos níveis e abundante estatuária da qual se destaca a que está disposta na escadaria dos apóstolos  e na escadaria dos Reis. Nesta última encontram-se representados, em estátuas de granito os reis de Portugal.

380. Jardim do Paço Episcopal — Castelo Branco. 29 de agosto de 1996

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Palácio do Marquês da Graciosa — Idanha-a-Nova

[pst 380] "Outro passo da nossa história, que deixou rasto nos edifícios da Beira, teve raízes a milhares de quilómetros dali. Foi a exploração das riquezas do Brasil, no século XVIII. A epopeia das Índias pouco se fez sentir na arquitetura da região; mas essa da América do Sul ficou fortemente assinalada nas construções beirãs da época. Um considerável fluxo de dinheiro está na base dum período de intensa atividade da construção civil, reconhecível ainda hoje numa série de edifícios datados e do nítido enriquecimento do nível arquitetónico de muitos deles". (Vários autores, A Arquitectura popular em Portugal). O palácio do Marquês da Graciosa é uma moradia solarenga característica do século XVIII, que procurou longe de uma terra pobre, o dinheiro para a sua edificação.

379. Palácio do Marquês da Graciosa — Idanha-a-Nova. 30 de agosto de 1996

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Escalos de Baixo

[pst 379] A arquitetura manuelina também chegou a vários lugares das terras da Beira Baixa. Em Escalos de Baixo encontramos um belo exemplar: boas cantarias, escala miúda e bem proporcionado. É uma arquitetura que trouxe o "ar" do oceano, a estas paragens distantes dos portos, das naus e das caravelas.

378. Escalos de Baixo. Castelo Branco. 29 de agosto de 1996

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Castelo de Amieira do Tejo

[pst 378] O castelo de Amieira do Tejo, situado já a sul daquele rio, foi mandado edificar por D. Álvaro Gonçalves Pereira, pai de Dom Nun' Álvares Pereira, por volta do ano 1350. Representa um bom exemplar de arquitetura militar do século XIV. É constituído por quatro torres ligadas por muralhas, uma das quais, mais elevada, é a torre de menagem. Distingue-se das restantes pelo tratamento mais nobre dado às aberturas para o exterior.

377. Castelo de Amieira do Tejo. Nisa. 18 de agosto de 1995

sábado, 2 de dezembro de 2017

Penamacor

[pst 377] O lugar já era um centro regional nos tempos dos Romanos, Godos e Mouros. A vila de Penamacor recebeu a primeira Carta de Foral de Dom Sancho I, em 1209, que a transformou numa importante praça de armas de defesa da raia. A torre de vigia permanece como ponto de observação de paisagens do Sul, dos antigos territórios muçulmanos.

376. Penamacor. 28 de julho de 1995