quarta-feira, 10 de abril de 2019

Antecedentes

[exp_fuga 19] Há um jogo insaciável de diálogo com a realidade, vagamente obsessivo, que se serve da fotografia como fixação de um espaço e de um tempo, ao mesmo tempo que se procura um equilíbrio nessa representação talvez situado entre a arte e a poesia. O registo e o documento são também uma poderosa ferramenta de comunicação. Pela sua duração, houve dois projetos-trabalhos, Portugal - O Sabor da Terra (1995-1998) e Portugal Património (2000-2008), que se poderão definir como estruturadores de um percurso de mapeamento de um território vasto. A relação com a paisagem e a arquitetura  foi evoluindo. O projeto O Arquivo como Cidade, já mostrado em três diferentes formas, é a continuidade e a interpretação de viagens que se vão tornando progressivamente mais complexas e indefinidas. Esta é uma representação gráfica que parte, sobretudo, de conferências, de apresentações orais do trabalho de mapeamento fotográfico do espaço português e as metodologias a ele associadas. Parte, também, de um arquivo fotográfico em crescimento, com a constante adição de novas imagens de releituras do tempo que atravessa os lugares. Partir da linha de tempo que sustenta uma interpretação da realidade, edificação de arquitetura desmaterializada, pensamento.

Exposição Fuga. Ar.Co. Lisboa. 2019

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