quarta-feira, 24 de julho de 2013

Um imaginário comum

Biblioteca Nacional de Portugal. Lisboa. 2009
[a torre 15] Mas o que a imagem fotográfica também traz consigo é uma evidente complexificação do universo humano. Ao fixar paisagens e situações muito pouco conhecidas, cria um imaginário pessoal e coletivo que muito transcende a dimensão da memória vivencial de cada cidadão. Passa a haver um imaginário comum. Como exemplo, a própria ideia de nação passa a ser legitimada pela imagem fotográfica, pelo conjunto de monumentos e sítios de um país, ou pela representação de costumes e trajes de uma determinada região. Em termos individuais passamos a conhecer todo um mundo sem nunca lá termos estado. Os lugares humanos são muito mais estes, tendencialmente virtuais, que aqueles por onde cada um de nós se desloca. As fotografias de uma obra em construção fazem parte deste novo universo que não existia antes do aparecimento da imagem fotográfica, e também, mais tarde, da sua representação em livro.

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