segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Diálogos sobre o diálogo


Lisboa. 2012
[Lisbon Ground 12] Há uma diferença fundamental entre o percorrer uma cidade, um itinerário dentro da sua malha urbana, e visualizar, posteriormente, algumas fotografias que possam ser feitas durante esse período determinado. Num primeiro momento há um diálogo que se estabelece, como que uma relação física entre a captura da imagem e o solo, a pele da cidade, o seu espaço, a sua textura, as suas sombras. Há um movimento intuitivo que não se quer aqui de procura de uma ideia de "belo", mas mais um espírito de registo de um fascínio pela forma urbana, uma tentativa de entendimento e descodificação, pela fotografia, de elementos estruturais do território, a fixação de uma paisagem habitada por cidadãos. Num segundo momento vamo-nos encontrar defronte de um número, quase sempre elevado, de fotografias. Seleccionar é decantar, procurar em determinado grau de limpidez, depurar, eliminar ruído na construção de um discurso, de uma narrativa. Projetar. Caminhar ao lado da própria fabricação da paisagem.

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