quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Um dia

[depois do tempo 03] A madrugada amanhecera escura e chuvosa. 4 de abril de 2018. A jornada prometia ser pouco rentável. A luz, o céu “carregado”, simultaneamente, era um apelo, era a explicação dessa água abundante em terras do Minho. Correntes vigorosas, os rios fora do seu leito. Eram 7h10m quando fiz a primeira fotografia, já em território vimaranense; a última seria registada às 19h19m já ao anoitecer. Neste intervalo de 12 horas e oito minutos fiz 19 momentos de fotografias de duração variável, com 18 pausas entre eles. As pausas eram devidas a diversos motivos como a chuva, a análise da cartografia, a deslocação em automóvel entre pontos para registo fotográfico, ou alimentação e descanso. Se somarmos os 19 momentos em que decorreu o trabalho fotográfico obtemos uma duração total de 8 horas e onze minutos (no total, as pausas perfizeram 3 horas e 57 minutos). Relativamente às quantidades de fotografias feitas em cada momento, estas variaram entre as 570 e as 18. No total, neste dia, foram feitas 3.386 imagens. Ao contrário das expectativas iniciais, foi um dia particularmente intenso. Se dividirmos o conjunto de todas as fotografias pelo tempo de trabalho obtemos um rácio de 6,89 fotografias por minuto, ou uma fotografia por cada 8 segundos e 70 centésimos.
Esta jornada de mapeamento fotográfico do território de Guimarães foi realizada no âmbito do trabalho Arte da Terra, coordenado pelo Laboratório da Paisagem. As horas apresentadas são aquelas que constam dos ficheiros de imagem gerados pela câmara fotográfica. Foi, até ao presente, o dia em que fiz mais fotografias num intervalo de 24 horas.


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