terça-feira, 6 de junho de 2017

Fogo próximo e distante

[funchal 28] Pouco depois descíamos uma rua. A um primeiro olhar parecia apenas estarem queimados alguns terrenos cobertos por vegetação, aparentemente abandonados, um ou outro quintal. Tudo ao redor estava intacto. As casas numa aparência normal. Um dia de sol sobre os telhados e as paredes brancas. Descemos um pouco mais. Observamos agora, com estranheza, casas de onde o fogo se aproximou. Como era possível aquela destruição quando tanto em redor estava impoluto? Mais abaixo na rua o cenário é de uma catástrofe mais afirmada. Há casas completamente arruinadas. O negro domina. Os detalhes das texturas revelam a força avassaladora das temperaturas extremas. Estávamos num dos locais de maior devastação destes dias de inferno que varreram um território em aproximação ao centro de uma cidade. Mas o fogo ali era ainda enigmático.
Funchal. 2016


 
Funchal. 2016
Funchal. 2016

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