terça-feira, 17 de maio de 2016

Santuário de S. Salvador do Mundo

[pst 196] No local onde o Douro é atravessado por um esporão granítico, formava-se o cachão da Valeira e, até ao século XVIII, aqui terminava a possibilidade de navegar. Este facto limitava muito as explorações vinícolas a montante deste local, uma vez que não havia forma rentável de escoar o vinho aí produzido. A Companhia Geral de Agricultura das Vinhas do Alto Douro recebe a incumbência de destruir o cachão. A obra vai durar 12 anos e, em fins de 1792, é possível atravessar o local em barco rebelo. Apesar de navegável, mantém-se perigoso. Em 12 de Maio de 1861, Joseph James Forrester foi visitar D. Antónia Adelaide Ferreira à quinta do Vesúvio. De regresso à Régua, ao atravessar o local, os remeiros perdem o controlo da embarcação e esta afunda-se. Morrem dois criados da casa, cujos corpos são encontrados mais tarde perto da Régua. Do barão de Forrester não voltou a haver notícias, nunca mais foi encontrado. Era engolido pelas águas do rio um homem que lhe dedicara a vida, que muito contribuíra para o seu desenvolvimento. A barragem da Valeira submergiu o fatídico local. No alto do monte está o santuário de S. Salvador do Mundo.

Santuário de S. Salvador do Mundo. S. João da Pesqueira.  23 de agosto de 1994

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