Fotografar um território vasto. Procurar em Portugal as raízes de uma identidade coletiva que se perde num tempo longo. Construir um arquivo fotográfico. Reinventar uma paisagem humana, uma ideia de arquitetura, uma cidade nova.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Acontecimentos sucessivos
Caneças. 1991
[Viagens. Paisagens 27] São os lugares que engendram histórias, que constituem um corpus definidor de paisagens, são eles que sintetizam uma postura humana perante a leitura do espaço, que contribuem decisivamente para a formação de uma identidade pessoal e coletiva. Neste contexto de representação a fotografia pode tornar-se um acto político. Não será, então, a fotografia nem o fotógrafo, o elemento mais significativo deste sistema, mas sim a câmara e a sua possibilidade de representar aquilo que lhe é pedido e expectado. Há a tradução e transformação conceptual do mundo material envolvente. A fotografia de paisagem, mais do que apenas um registo, é um processo de releitura das paisagens que se põe em movimento, é um acto que interfere com o futuro, que cria um lastro de acontecimentos sucessivos.
"um acto que interfere com o futuro" remete-me para um conto muito interessante deste livro: "http://www.wook.pt/ficha/os-sonhos-de-einstein/a/id/40165" de um físico chamado Alan Ligthman. Narra a história de uma personagem que devido à sua hipersensível percepção que um mínimo acto seu pode alterar o curso da história da humanidade, movimenta-se com extremo cuidado nas ruas de Berna. Porque sabe se levantar pó, pode mudar o curso da história da Europa. Não conto mais. Leiam o livro se tiverem oportunidade. Não se irão arrepender.
A teoria do caos e sua expressão no "efeito borboleta" também são fenómenos muito interessantes e que atiram a humanidade e as ciências para uma complexidade muito grande. Religando tudo isto com o post do Duarte, diria que uma fotografia do Duarte no Gerês pode fazer cair a ditadura chinesa, em tese.
"um acto que interfere com o futuro" remete-me para um conto muito interessante deste livro: "http://www.wook.pt/ficha/os-sonhos-de-einstein/a/id/40165" de um físico chamado Alan Ligthman. Narra a história de uma personagem que devido à sua hipersensível percepção que um mínimo acto seu pode alterar o curso da história da humanidade, movimenta-se com extremo cuidado nas ruas de Berna. Porque sabe se levantar pó, pode mudar o curso da história da Europa. Não conto mais. Leiam o livro se tiverem oportunidade. Não se irão arrepender.
ResponderEliminarA teoria do caos e sua expressão no "efeito borboleta" também são fenómenos muito interessantes e que atiram a humanidade e as ciências para uma complexidade muito grande. Religando tudo isto com o post do Duarte, diria que uma fotografia do Duarte no Gerês pode fazer cair a ditadura chinesa, em tese.
ResponderEliminarAcho que uma borboleta, em termos climáticos, poderá ter mais poder que qualquer ser humano.
ResponderEliminar