sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Espinhaço

Forte do Espinhaço. Sintra. 2012
[Ler, fazer, caminhar 11] Prossigo a caminhada na direção do Norte. Pouco depois estou no forte do Espinhaço. É o regresso a um lugar onde tinha estado aquando do levantamento feito para o trabalho Portugal Património. Encontro, no espaço que constituíra o terreiro do forte, a lápide evocativa de um pescador que desaparecera naquele local, provavelmente na sequência de uma queda, no dia 22 de janeiro de 2006. Carlos Manuel Ramos Manaia nascera em 1967, e ali fora visto pela última vez. Continuo a caminhada pelo alto da falésia. Desço à enseada de Assentiz, um local deste litoral onde nunca tinha estado, mas que já por ele me deixara seduzir em viagens cartográficas. O acesso não é fácil, mas a enseada apresenta esse carácter de lugar intocado que nos parece falar do principio do mundo, da ausência de leituras humanas das paisagens. Não há muitos lugares em Portugal em que, olhando em redor, não se vejam numerosos vestígios do povoamento humano. Aqui há um quase impercetível trilho desce a ravina, há também detritos diversificados trazidos por um mar muito batido, mas não há muito mais do que isso.
Enseada de Assentiz. Sintra. 2012
Enseada de Assentiz. Sintra. 2012
Enseada de Assentiz. Sintra. 2012


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