[velocidade_utopia-6/9] Desenvolver um atlas visual urbano, como se pudesse ser a tradução de todo o saber humano, que se desdobra de forma ilimitada. As cidades são um imenso e interminável puzzle, dinâmico, em permanente interação com o mundo. Cada imagem é um fragmento da realidade, codificada, que sucessivamente se desmultiplica noutras representações, noutros conceitos, noutras possibilidades de arquitetura. Há um jogo estranho de perda contínua. Procuramos a ordem, mas geramos cada vez mais entropia. A utopia de uma cidade plena, equilibrada, onde o tempo desacelera, onde restabelecemos laços primordiais com a origem. Mas nada disto existe. As cidades são organismos biológicos, que respondem às mesmas leis da vida, da matéria-energia do Universo. O que se passa na Terra, é um processo evolutivo, contínuo e aleatório, em que uma espécie, Homo sapiens, conquista, lentamente, uma grande vantagem competitiva sobre todas as outras e se afirma como forte condicionador do tempo breve que se segue.
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