quarta-feira, 3 de abril de 2013

Fontes e a identidade


Terreiro do Paço. Lisboa. 1997
[Viagens. Paisagens 09] As últimas fotografias realizadas para Portugal - O Sabor da Terra, em Lisboa e nos seus arredores, viriam a mostrar-me um mundo interminável e não possível de captar, que simultaneamente me abriam as portas a outros imaginários, que me faziam sentir a extrema dificuldade em fixar uma ideia de identidade e mesmo do tempo presente na sua complexa teia de articulação com o passado. Esta identidade era procurada na terra, nas paisagens e nas formas de povoamento, mais do que nas leituras da história de Portugal, ou em fontes documentais. Algumas bases bibliográficas consultadas para este trabalho eram sobre história, daí, bem como da arqueologia, vieram muitas indicações de lugares a fotografar, mas foi o contacto com a terra que foi definindo a extrema dificuldade em fixar, por minimamente que fosse, um conceito de identidade de um povo.

1 comentário:

  1. A homogeneidade geográfica é destruída pela forma e fronteiras do território (mar/espanha e grande amplitude da latitude). Quanto à identidade nacional, ela apenas se acentua (creio eu, que sou um curioso) no século XX. Para trás, temos uma história imensa onde existiam apenas alguns agentes desta identidade. Diria que somos um povo mais feito de VONTADE de ser uno do que de semelhanças entre si.

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