Fotografar um território vasto. Procurar em Portugal as raízes de uma identidade coletiva que se perde num tempo longo. Construir um arquivo fotográfico. Reinventar uma paisagem humana, uma ideia de arquitetura, uma cidade nova.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Dois aspetos
Viseu. 2010
[Momento-infância 5] Estas palavras não são uma critica aos médicos do Hospital Pediátrico de Coimbra, nem tão pouco a essa instituição, é o relato de um equívoco que assumiu proporções extremamente nefastas numa família. O caso não é generalizável, mas aconteceu. Não deixa de ser curioso, sem qualquer laivo de ironia - não questiono a qualidade do trabalho desenvolvido pelos pediatras de Coimbra - mas nunca foi assumido um erro, nunca nos foi dito taxativamente que o Afonso não era autista, sempre nos foi deixada essa porta aberta. O mundo é pequeno, as pessoas conhecem-se e falam, este quadro começou a ter alguma divulgação junto de algumas pessoas que num quadro inicial de recusa da doença, começaram posteriormente a pôr isso em causa. Havia uma contaminação que se espalhava, era a especulação que tomava a ordem. Talvez pudesse sintetizar tudo isto em duas criticas objetivas. Uma primeira foi um diagnostico que confere um erro grosseiro reiterado; uma segunda foi o facto desse mesmo diagnóstico nos ter sido comunicado nos movimentados corredores do hospital por uma médica interna.
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