quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Fragmentos. O Núcleo da Claridade #9

Detalhe do poema manuscrito Meditação Anciã.

Este era o mundo analógico de Ruy Belo em que viveu toda a sua vida. Tudo ficou registado num suporte de papel. Não havia, então, os computadores e os discos rígidos, onde sucessivas versões de poemas se apagam, são reescritas, sobre as anteriores, no registo do processo criativo que se perde, cada vez que se guarda uma nova versão do poema. Com o advento das tecnologias de informação, que se começaram a generalizar no final da década de 80 do século passado, há todo um mundo que se começou a alterar profundamente. Ruy Belo não viria a conhecer esse mundo e esse facto terá sido decisivo e determinante para os indícios por si deixados, para o rasto de fragmentos do seu próprio processo criativo e da sua vida.

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