[exp_fuga 19] Há um jogo insaciável de diálogo com a realidade, vagamente obsessivo, que se serve da fotografia como fixação de um espaço e de um tempo, ao mesmo tempo que se procura um equilíbrio nessa representação talvez situado entre a arte e a poesia. O registo e o documento são também uma poderosa ferramenta de comunicação. Pela sua duração, houve dois projetos-trabalhos, Portugal - O Sabor da Terra (1995-1998) e Portugal Património (2000-2008), que se poderão definir como estruturadores de um percurso de mapeamento de um território vasto. A relação com a paisagem e a arquitetura foi evoluindo. O projeto O Arquivo como Cidade, já mostrado em três diferentes formas, é a continuidade e a interpretação de viagens que se vão tornando progressivamente mais complexas e indefinidas. Esta é uma representação gráfica que parte, sobretudo, de conferências, de apresentações orais do trabalho de mapeamento fotográfico do espaço português e as metodologias a ele associadas. Parte, também, de um arquivo fotográfico em crescimento, com a constante adição de novas imagens de releituras do tempo que atravessa os lugares. Partir da linha de tempo que sustenta uma interpretação da realidade, edificação de arquitetura desmaterializada, pensamento.
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Exposição Fuga. Ar.Co. Lisboa. 2019
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