terça-feira, 8 de novembro de 2022

Nota final

[três viagens 60] Viajo pouco, fora de Portugal. Tenho optado por tentar conhecer, de forma tendencialmente exaustiva, o espaço português. Este território, como outros, mas não todos, é como um labirinto que nunca abarcamos na totalidade. Aí reside um dos fascínios da terra: tudo está em permanente movimento. Estive em Estocolmo no ano 2007. Uma cidade muito organizada, mas não tanto quanto eu imaginava, numa reconhecida ordem e civilidade nórdica. Estocolmo, Lisboa ou Viseu, qualquer cidade é uma manifestações da biologia, reprodução da entropia progressiva, mas também o desejo da ordem que encontramos no corpo, essa complexa máquina que nos transporta em movimento alegórico pelo Universo. [Esta é a última publicação desta série sobre três viagens].

Estocolmo, 2007

 

1 comentário:

  1. O materialismo dialético de Karl Marx descreve exatamente essa interação permanente entre a matéria (a paisagem, por exemplo) e a cultura (a arquitetura, ou a organização do território, como expressões culturais). De certa forma, é essa mutação constante e interdependente que registas há muito.

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